Você entende inglês facilmente, mas trava na hora de falar? Consegue ler muito bem, mas tem dificuldade ao entender diferentes sotaques?

Estamos habituados a enxergar o conhecimento das pessoas sobre o inglês a partir do momento que ela fala o idioma, mesmo sem entender ao certo se a pessoa é iniciante, domina o básico ou se possui fluência. Não sabendo com certeza qual nosso nível, não fica claro em quais habilidades devemos investir mais tempo para nos comunicar de maneira efetiva. Para saber em que melhorar é preciso entender como estas habilidades são avaliadas em exames internacionais.

Existe um parâmetro internacional medido pelo CEFR – sigla em inglês para “The Common European Framework of Reference for Languages”, ou O Quadro Comum Europeu de Referência para Línguas usado em processos seletivos no exterior, sejam eles educacionais ou de emprego.

O CEFR permite que resultados de diferentes testes internacionais sejam equiparados. Por isso, são usados para elaboração de programas de línguas, exames, materiais didáticos e também podem ser usados pelos estudantes para avaliar seu desempenho ou evolução na aprendizagem.

Em resumo, o CEFR descreve de maneira objetiva o que cada pessoa deve ser capaz de realizar de acordo com o grau de conhecimento e em condições de igualdade para qualquer um, independente do seu local de origem.

Existem seis níveis diferentes de domínio do inglês (ou de qualquer língua): A1, A2, B1, B2, C1 e C2.

A

O “A”, refere-se aos níveis iniciais e básicos do idioma. Quem tem esse nível consegue compreender e usar expressões familiares e cotidianas que satisfazem suas necessidades básicas. Aqui estão os alunos recentes, que são capazes de se comunicar em tarefas simples e rotinas que exijam apenas uma troca rápida e fácil de informações.

B

Já o “B” classifica um usuário com um pouco mais de conhecimento e entendimento da língua. O B1 é o nível intermediário, no qual a pessoa compreende as questões principais de assuntos que lhe são familiares e consegue reproduzir discursos simples e coerentes sobre os temas que conhece. E, a partir do B2, já vemos indivíduos mais independentes quanto ao uso do idioma. Isso porque para ter esse nível, a pessoa deve compreender desde ideias principais de textos mais complexos sobre tópicos concretos e abstratos, até discussões técnicas sobre sua área de especialidade. Além disso, a partir daí ela começa a conseguir se comunicar com espontaneidade com falantes nativos sem que haja uma tensão durante o diálogo.

C

O “C” é o nível mais alto que se pode chegar. Ele simboliza o usuário proficiente e é o nível solicitado na maioria das vezes para quem pretende estudar ou trabalhar fora. O C1 significa a habilidade de compreender um vasto número de textos longos e exigentes e se comunicar de forma fluente e espontânea sem precisar pensar muito nas palavras, conseguir usar a língua de modo eficaz em quase todas as suas áreas de convivência. E o C2 é o nível de domínio pleno de inglês, em que o aluno compreende sem esforço algum praticamente tudo o que ouve ou lê e consegue também se comunicar espontaneamente e de modo fluente com exatidão.

De acordo com o CEFR, qual o seu nível?

Para saber é necessário passar por um teste de proficiência internacional de inglês, que avalie os conhecimentos na língua. Existem diferentes tipos de certificação, mas algo em comum é que todas as habilidades (falar, escutar, ler e escrever) são testadas para classificar o conhecimento de cada pessoa. Mais do que conhecer em qual nível você está, os resultados apontam o seu desempenho em cada uma das habilidades.

Ao checar sua performance na escala CEFR, é possível conhecer sua habilidade mais forte, qual delas precisa ser mais trabalhada para alcançar melhores resultados e avançar rumo aos seus objetivos.

Mesmo falando inglês, como saber se um candidato seria aceito por uma universidade no exterior que exija certificação de nível C1, se nunca houve uma mensuração de seu conhecimento? Pode ser que ele ainda não tenha atingido o nível que será necessário para comprovar sua independência para as atividades acadêmicas. Isso porque, possivelmente há habilidades em que ele esteja melhor preparado do que em outras.

Quanto mais cedo as lacunas e as dificuldades forem mapeadas, mais em tempo são trabalhadas e resolvidas e possivelmente mais cedo ele atingirá seus objetivos.

Para qual certificação se inscrever? Um teste multinível, como o Linguaskill, por exemplo é um ótimo ponto de partida. É um teste online que mede onde você se encontra dentro do Quadro Comum Europeu de Referência para Línguas, e gera um relatório de desempenho que ajuda a implementar melhorias aos pontos ainda pouco desenvolvidos. Assim o plano de estudos fica mais claro e o caminho para alcançar o nível desejado mais eficiente.